quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Filhos...

Filha

Quando estiveres desiludido

Desgostoso, incompreendido

É que seus sentimentos, foram tocados

A ponto de chegar às lágrimas

PROCURA-ME

Que eu saberei sufocar o teu pranto

E estancar tuas lágrimas


Filha

Quando o teu ânimo terminar

E te encontrar arrastando-se

Para as vicissitudes da vida

E se sentir a desfalecer

PROCURA-ME

Que eu serei a força

Que o ajudara a remover

As pedras do teu caminho


Filha

Quando te cortarem os vendavais da sorte

E já não tiveres onde apoiar a tua cabeça

PROCURA-ME

Que serei o refúgio em cujo seio encontraras apoio e guarida

Para sustentar o teu corpo


Filha

Quando não fores capaz de manter a calma

Na hora das maiores aflições

E incapaz de conservar a serenidade

PROCURA-ME

Que eu serei a paciência

Que te ajudara a vencer

As situações mais difíceis


Filha

Quando te iludir com promessas do mundo

E que não puderes ter confiança em ninguém

PROCURA_ME

Que eu serei a sinceridade

Que poderá corresponder franqueza

De suas atitudes e de teus ideais







Filha

Quando a tristeza e a melancolia

Bater à porta de teu coração

E te causar aborrecimento

PROCURA_ME

Que eu serei a alegria

Que te trará um alento novo

E fará conhecer os encantos

Do teu mundo interior


Filha

Quando a impiedade recusar a revelar-te

As faltas e experimentares a dureza

Do coração humano

PROCURA-ME

Que eu ajudarei a encontrar o perdão

Que te levantara e promovera a reabilitação

Do teu espírito


Filha

Quando já não sentires uma afeição

Terna

E sincera, e te desiludires do sentimento do teu semelhante

PROCURA_ME

Que eu ajudarei a encontrar a renuncia

Que te ensinara a olvidar a ingratidão dos homens

E a esquecer a incompreensão do mundo


Filha

Quando quiseres saber quem sou

Pergunte a tua consciência

Memorize a tua infância

Lembra-te do amor que te foi doado


Filha



Eu sou sua mãe.


Ademário da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário